quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Boca de hera, coração de azevinho

Beul eidhin a's croidhe cuilinn.

“Boca de hera, coração de azevinho", diz o provérbio irlandês. Mas esse antigo ditado tem muito de enigmático... Como muita coisa da sabedoria céltica e germânica.

A hera é uma planta trepadeira delicada, flexível, com folhas macias. Suas flores atraem abelhas e borboletas na primavera e verão. Os frutos pequenos, negros e arredondados servem de alimento a diversos pássaros, embora sejam tóxicos ao ser humano. É muito conhecida na medicina desde a Antiguidade por sua ação expectorante. Em jardinagem, é muito utilizada para a decoração de muros e coretos.

O azevinho é um arbusto resistente, que sobrevive até mesmo ao frio rigoroso do inverno europeu, quando suas folhas se tornam ainda mais afiadas e cortantes. Por isso, sempre foi considerado um símbolo de força e resistência, e associado ao Solstício de Inverno. Seus frutos são extremamente tóxicos, até mesmo para os animais. O azevinho acabou se tornando um símbolo de Natal após a cristianização dos antigos cultos pagãos.

Ter uma “boca de hera e um coração de azevinho” pode, então, significar dizer palavras suaves enquanto o coração é duro? Ou ser suave e resistente ao mesmo tempo?

Folk lore, sabedoria ancestral – algo para se refletir...

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Árvores mágicas femininas (2)


A Sorveira era reverenciada na Antiguidade por diferentes povos, de norte a sul da Europa. Na mitologia nórdica, era a árvore da qual a primeira mulher foi feita (enquanto o primeiro homem teria sido feito do Freixo). Nas ilhas britânicas, era considerada a árvore da magia por excelência, protetora contra encantamentos e associada à Rainha das Fadas. Na Grécia antiga, era a árvore que nascera do sangue e das penas de uma águia que lutou mortalmente para recuperar o cálice da deusa Hebe.






Apesar de seu nome masculino em português, o Espinheiro Branco é geralmente associado à Rainha das Fadas devido às suas flores brancas (assim como a Sorveira). Na antiga Irlanda, seus galhos não era cortados ou podados (principalmente quando o arbusto se encontrava sozinho ou isolado na paisagem de uma planície ou campina), pois isso poderia despertar a ira do povo feérico. Sua floração acontece na época do Beltane e as flores são preferidas para a confecção de guirlandas para as jovens.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Árvores mágicas femininas

Entre as antigas árvores sagradas celtas, algumas tem uma essência inconfundivelmente feminina.


A bétula é uma árvore graciosa, esguia, que se veste com as cores mais encantadoras e delicadas no outono. Símbolo do amor, usada em celebrações de Beltane, ela é também uma geradora de vida: onde há uma bétula, desenvolve-se todo um ecossistema ao seu redor. Seu dom mágico é o da criação e inicialização de ciclos.













A macieira está sempre associada à juventude, à beleza e à longevidade nas lendas célticas e germânicas. É uma árvore favorita das fadas, que freqüentemente usam seu fruto para encantar e seduzir mortais. É a árvore da ilha mágica de Avalon, cujo nome significa "Ilha das Maçãs". Cientistas têm descoberto cada vez mais o poder nutritivo da maçã, que justifica sua fama de mantenedora da saúde e da juventude.


















O salgueiro é a mais feminina de todas
as árvores mágicas: cresce somente à beira de rios, lagos e pântanos, é a própria expressão da alma, símbolo dos ciclos lunares e da intuição. É outra árvore queridíssima das fadas, e sua magia é de cura e sensitividade.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Palestra sobre Ogham e as árvores sagradas celtas




"Ogham: oráculo, escrita mágica e autoconhecimento"
palestra de Bandruir, da Escola Gergóvia.
Sábado, dia 09 de outubro de 2010, às 20h00, na Mystic Fair, em SP. Entrada franca.

Mais informações:

Sobre Ogham - http://escolagergovia.blogspot.com/
Sobre a Mystic Fair - http://www.mysticfair.com.br/programa.html